Processo de mistura em águas profundas
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Em maiores profundidades, os mecanismos de dissipação de energia dos vórtices estão relacionados com a viscosidade e a flutuabilidade. Qual deles domina depende da situação e pode ser determinado utilizando números característicos associados a ambos os fenômenos.
[1] Marine Physics, Jerzy Dera, Elsevier, 1992 (6.2 The Turbulent Exchange of Mass, Heat and Momentum in the Sea)
ID:(1628, 0)
Mecanismos
Iframe
Mecanismos
ID:(15616, 0)
Energia cinética dissipada pelo vórtice
Top
Em geral, a dissipação de energia ocorre em função do tempo considerado, então deve-se comparar la energia cinética ($\epsilon_v$) com uma tempo característico ($\tau$) de modo que
$\displaystyle\frac{d\epsilon}{dt}\sim\displaystyle\frac{\epsilon_v}{\tau}$
Existem dois tipos de processos que reduzem a energia dos vórtices até que se tornem flutuações térmicas. Por um lado, há a difusão de momento ou viscosidade, enquanto por outro lado há a flotação.
A perda de la energia cinética ($\epsilon_v$) varia em função de la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$) e la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) em la tempo característico ($\tau$) como:
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_v }{ \tau } = \displaystyle\frac{ \epsilon_{\eta} }{ \tau } + \displaystyle\frac{ \epsilon_{ \rho } }{ \tau } $ |
ID:(15621, 0)
Variação da energia cinética
Top
Como la energia cinética ($\epsilon_v$), onde para simplificação, negligenciamos o fator de 1/2 e ela depende de la densidade média ($\rho$) e la velocidade do vórtice ($v_l$),
$\epsilon =\displaystyle\frac{1}{2}\rho v_l^2\sim \rho v_l^2$
a perda de energia será essa energia por la tempo característico ($\tau$), que com la comprimento de mistura ($l$) é
$ \tau = \displaystyle\frac{ l }{ v_l }$ |
e assim, a variação é
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_v }{ \tau } = \displaystyle\frac{ \rho v_l ^3 }{ l }$ |
ID:(15608, 0)
Perda de energia devido à viscosidade
Top
Como la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$) está relacionado con la viscosidade da água do oceano ($\eta$), la velocidade do vórtice ($v_l$) y la comprimento de mistura ($l$),
$\epsilon_{\eta} =\eta\displaystyle\frac{v_l}{l}$
a perda de energia será essa energia por la tempo característico ($\tau$), que com la comprimento de mistura ($l$) é
$ \tau = \displaystyle\frac{ l }{ v_l }$ |
e assim, a variação é
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_{\eta} }{ \tau } = \eta \displaystyle\frac{ v_l ^2 }{ l ^2 }$ |
ID:(15609, 0)
Perda de energia devido à flutuação
Top
Como la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) está relacionado com ($$), ($$) e la comprimento de mistura ($l$):
$\epsilon_{\rho} =\Delta\rho g l$
a perda de energia será essa energia por la tempo característico ($\tau$), que é
$ \tau = \displaystyle\frac{ l }{ v_l }$ |
e assim, a variação é
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_{\rho} }{ \tau } = \Delta\rho g v_l $ |
ID:(15610, 0)
Amortecimento de viscosidade
Top
No caso em que os processos difusivos são mais relevantes do que os de flutuação, observa-se que com la energia cinética ($\epsilon_v$), la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) e la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$),
$\epsilon_v > \epsilon_{\eta} \gg \epsilon_{\rho}$
Dado que com la tempo característico ($\tau$), la energia cinética ($\epsilon_v$) é
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_v }{ \tau } = \displaystyle\frac{ \rho v_l ^3 }{ l }$ |
e la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$) é
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_{\eta} }{ \tau } = \eta \displaystyle\frac{ v_l ^2 }{ l ^2 }$ |
a existência do vórtice implica que sua energia cinética é maior do que a perda, então com
$\rho\displaystyle\frac{v_l^3}{l}>\eta\displaystyle\frac{v_l^2}{l^2}$
resulta na exigência de que se deve ser o caso de
$ Re = \displaystyle\frac{ \rho l v_l }{ \eta } > 1$ |
ID:(15612, 0)
Amortecimento de flutuação
Top
No caso em que com la energia cinética ($\epsilon_v$), la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$) e la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) são tais que
$\epsilon_v > \epsilon_{\rho} \gg \epsilon_{\eta}$
Dado que la energia cinética ($\epsilon_v$) é com la densidade ($\rho$), la comprimento de mistura ($l$) e la velocidade do vórtice ($v_l$) em la tempo característico ($\tau$),
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_v }{ \tau } = \displaystyle\frac{ \rho v_l ^3 }{ l }$ |
e la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) é com ($$), la aceleração gravitacional ($g$) e la velocidade do vórtice ($v_l$) em la tempo característico ($\tau$),
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_{\rho} }{ \tau } = \Delta\rho g v_l $ |
a existência do vórtice implica que sua energia cinética é maior do que a perda, então com
$\rho\displaystyle\frac{v_l^3}{l}>\Delta\rho g v_l$
resulta na exigência de que com o número Richardson ($R_i$) deve satisfazer
$ R_i = \displaystyle\frac{\Delta \rho}{\rho}\displaystyle\frac{ g l }{ v_l^2}<1$ |
ID:(15611, 0)
Relação dos números de Richardson e Reynolds
Descrição
A relação entre ($$) com la densidade ($\rho$), la velocidade do vórtice ($v_l$), la viscosidade da água do oceano ($\eta$) e ($$) é dada por
$ Re = \displaystyle\frac{ \rho l v_l }{ \eta } > 1$ |
e o número Richardson ($R_i$) com ($$) e la aceleração gravitacional ($g$) é representada por
$ R_i = \displaystyle\frac{\Delta \rho}{\rho}\displaystyle\frac{ g l }{ v_l^2}<1$ |
como mostrado no gráfico abaixo, onde ambos os casos limites marcam as situações de limite de estabilidade:
ID:(12211, 0)
Modelo
Top
Parâmetros
Variáveis
Cálculos
Cálculos
Cálculos
Equações
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_{\eta} }{ \tau } = \eta \displaystyle\frac{ v_l ^2 }{ l ^2 }$
epsilon_eta / tau = eta * v_l ^2/ l ^2
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_{\rho} }{ \tau } = \Delta\rho g v_l $
epsilon_rho / tau = Drho * g * v_l
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_v }{ \tau } = \displaystyle\frac{ \rho v_l ^3 }{ l }$
epsilon_v / tau = rho * v_l ^3/ l
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_v }{ \tau } = \displaystyle\frac{ \epsilon_{\eta} }{ \tau } + \displaystyle\frac{ \epsilon_{ \rho } }{ \tau } $
epsilon_v = epsilon_eta + epsilon_rho
$ Re = \displaystyle\frac{ \rho l v_l }{ \eta } > 1$
Re = rho * l * v_l / eta
$ R_i = \displaystyle\frac{\Delta \rho}{\rho}\displaystyle\frac{ g l }{ v_l^2}<1$
R_i =( Drho / rho )*( g * l )/( v_l 2 )
$ \tau = \displaystyle\frac{ l }{ v_l }$
tau = l / v_l
ID:(15620, 0)
Energia cinética dissipada pelo vórtice
Equação
Existem dois tipos de processos que reduzem a energia dos vórtices até que se tornem flutuações térmicas. Por um lado, há a difusão de momento ou viscosidade, enquanto por outro lado há a flotação.
A perda de la energia cinética ($\epsilon_v$) varia em função de la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$) e la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) em la tempo característico ($\tau$) como:
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_v }{ \tau } = \displaystyle\frac{ \epsilon_{\eta} }{ \tau } + \displaystyle\frac{ \epsilon_{ \rho } }{ \tau } $ |
ID:(12205, 0)
Tempo característico
Equação
Com la velocidade do vórtice ($v_l$) e la comprimento de mistura ($l$), pode-se definir uma tempo característico ($\tau$), o que permite estimar a perda de energia tanto por viscosidade quanto por flutuação.
Portanto, tem-se que
$ \tau = \displaystyle\frac{ l }{ v_l }$ |
ID:(12206, 0)
Variação da energia cinética
Equação
A variação de la energia cinética ($\epsilon_v$) em la tempo característico ($\tau$) é proporcional à energia cinética, que depende de la densidade média ($\rho$) e la velocidade do vórtice ($v_l$), dividida por la tempo característico ($\tau$). Uma vez que isso é uma função de la comprimento de mistura ($l$), conclui-se que:
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_v }{ \tau } = \displaystyle\frac{ \rho v_l ^3 }{ l }$ |
Como la energia cinética ($\epsilon_v$) dos vórtices depende de la densidade média ($\rho$) e la velocidade do vórtice ($v_l$) de acordo com
$\epsilon_v =\displaystyle\frac{1}{2}\rho v_l^2\sim \rho v_l^2$
Como la tempo característico ($\tau$) com la comprimento de mistura ($l$) é
$ \tau = \displaystyle\frac{ l }{ v_l }$ |
temos que
$\displaystyle\frac{\epsilon_v}{\tau} =\rho \displaystyle\frac{v_l^3}{l}$
ou seja
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_v }{ \tau } = \displaystyle\frac{ \rho v_l ^3 }{ l }$ |
ID:(12212, 0)
Perda de energia devido à viscosidade
Equação
A perda devido à viscosidade da água pode ser calculada diretamente a partir da força viscosa e do caminho percorrido pelo vórtice.
A perda de la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$) varia em função de la viscosidade da água do oceano ($\eta$), la velocidade do vórtice ($v_l$) e la comprimento de mistura ($l$). Em la tempo característico ($\tau$), é expressa como
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_{\eta} }{ \tau } = \eta \displaystyle\frac{ v_l ^2 }{ l ^2 }$ |
A perda dos vórtices envolve la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$) com la viscosidade da água do oceano ($\eta$), la velocidade do vórtice ($v_l$) e la comprimento de mistura ($l$).
$\epsilon_{\eta} =\eta\displaystyle\frac{v_l}{l}$
A perda de energia devido a la tempo característico ($\tau$), que é
$ \tau = \displaystyle\frac{ l }{ v_l }$ |
é descrita por
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_{\eta} }{ \tau } = \eta \displaystyle\frac{ v_l ^2 }{ l ^2 }$ |
ID:(12207, 0)
Perda de energia devido à flutuação
Equação
A perda devido à flutuação pode ser calculada diretamente a partir da força de sustentação e da distância percorrida pelo vórtice.
A perda de la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) varia dependendo de ($$), la aceleração gravitacional ($g$) e la velocidade do vórtice ($v_l$). Em la tempo característico ($\tau$), é expressa como
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_{\rho} }{ \tau } = \Delta\rho g v_l $ |
Como la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) é igual a ($$), la aceleração gravitacional ($g$) e à distância percorrida ($\Delta z$),
$\epsilon_{\rho} =\Delta\rho g \Delta z$
a perda de energia será esta energia por la tempo característico ($\tau$), que com la comprimento de mistura ($l$) é
$ \tau = \displaystyle\frac{ l }{ v_l }$ |
portanto, com la velocidade do vórtice ($v_l$), é
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_{\rho} }{ \tau } = \Delta\rho g v_l $ |
ID:(12208, 0)
Amortecimento de viscosidade
Equação
No caso em que com la energia cinética ($\epsilon_v$), la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$) e la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) são tais que
$\epsilon_v > \epsilon_{\eta} \gg \epsilon_{\rho}$
a amortização é principalmente devido à viscosidade.
Nesse caso, obtém-se uma condição para o número de Reynolds ($Re$), que é uma função de la densidade média ($\rho$), la velocidade do vórtice ($v_l$), ($$) e la viscosidade da água do oceano ($\eta$), que deve satisfazer
$ Re = \displaystyle\frac{ \rho l v_l }{ \eta } > 1$ |
No caso em que os processos difusivos são mais relevantes do que a flutuação, temos que com la energia cinética ($\epsilon_v$), la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) e la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$),
$\epsilon_v > \epsilon_{\eta} \gg \epsilon_{\rho}$
Já que com la tempo característico ($\tau$), la energia cinética ($\epsilon_v$) e la densidade média ($\rho$) é
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_v }{ \tau } = \displaystyle\frac{ \rho v_l ^3 }{ l }$ |
e la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$) é
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_{\eta} }{ \tau } = \eta \displaystyle\frac{ v_l ^2 }{ l ^2 }$ |
a existência do vórtice implica que sua energia cinética é maior do que a perda, então com
$\rho\displaystyle\frac{v_l^3}{l}>\eta\displaystyle\frac{v_l^2}{l^2}$
o requisito de que o número de Reynolds ($Re$) deve ser
$ Re = \displaystyle\frac{ \rho l v_l }{ \eta } > 1$ |
ID:(12209, 0)
Amortecimento de flutuação
Equação
No caso de com la energia cinética ($\epsilon_v$), la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$) e la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) serem tais que
$\epsilon_v > \epsilon_{\rho} \gg \epsilon_{\eta}$
a amortização é principalmente devido à flutuabilidade.
Nesse caso, obtém-se uma condição para o número Richardson ($R_i$), que é uma função de ($$), la densidade média ($\rho$), la velocidade do vórtice ($v_l$), la aceleração gravitacional ($g$) e la comprimento de mistura ($l$), que deve satisfazer
$ R_i = \displaystyle\frac{\Delta \rho}{\rho}\displaystyle\frac{ g l }{ v_l^2}<1$ |
No caso de com la energia cinética ($\epsilon_v$), la energia dissipada pela viscosidade ($\epsilon_{\eta}$) e la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) serem tais que
$\epsilon_v > \epsilon_{\rho} \gg \epsilon_{\eta}$
Dado que la energia cinética ($\epsilon_v$) está com la densidade média ($\rho$), la comprimento de mistura ($l$) e la velocidade do vórtice ($v_l$) em la tempo característico ($\tau$),
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_v }{ \tau } = \displaystyle\frac{ \rho v_l ^3 }{ l }$ |
e la energia dissipada por flutuação ($\epsilon_{\rho}$) está com ($$), la aceleração gravitacional ($g$) e la velocidade do vórtice ($v_l$) em la tempo característico ($\tau$),
$ \displaystyle\frac{ \epsilon_{\rho} }{ \tau } = \Delta\rho g v_l $ |
a existência do vórtice implica que sua energia cinética é maior do que a perda, então com
$\rho\displaystyle\frac{v_l^3}{l}>\Delta\rho g v_l$
surge a exigência de que o número Richardson ($R_i$) deve satisfazer
$ R_i = \displaystyle\frac{\Delta \rho}{\rho}\displaystyle\frac{ g l }{ v_l^2}<1$ |
ID:(12210, 0)