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Fluxos de circulação profunda

Storyboard

Existem vários pontos onde ocorrem fluxos da superfície oceânica para maiores profundidades, induzindo assim uma circulação profunda. Esta circulação está sujeita à força de Coriolis, resultando em desvios e alguns fluxos em direção à superfície (ressurgência), que estão associados às correntes de superfície.

O modelo clássico para essas correntes é o de Stommel e Arons, que, embora simples, explica os diferentes fluxos de profundidade observados.

[1] Ocean Circulation Theory, Joseph Pedlosky, Springer 1998 (7.3 Stommel-Arons Theory: Abyssal Flow on the Sphere)

>Modelo

ID:(1623, 0)



Fluxos de circulação profunda

Storyboard

Existem vários pontos onde ocorrem fluxos da superfície oceânica para maiores profundidades, induzindo assim uma circulação profunda. Esta circulação está sujeita à força de Coriolis, resultando em desvios e alguns fluxos em direção à superfície (ressurgência), que estão associados às correntes de superfície. O modelo clássico para essas correntes é o de Stommel e Arons, que, embora simples, explica os diferentes fluxos de profundidade observados. [1] Ocean Circulation Theory, Joseph Pedlosky, Springer 1998 (7.3 Stommel-Arons Theory: Abyssal Flow on the Sphere)

Variáveis

Símbolo
Texto
Variáve
Valor
Unidades
Calcular
Valeur MKS
Unidades MKS
$a_{c,z}$
a_cz
Aceleração de Coriolis na direção z
m/s^2
$a_{c,x}$
a_cx
Aceleração de Coriolis na superfície, na direção x
m/s^2
$a_{c,y}$
a_cy
Aceleração de Coriolis na superfície, na direção y
m/s^2
$H$
H
Altura média do fluxo
m
$\Delta y$
Dy
Comprimento da caixa do modelo Stommel e Arons
m
$x_w$
x_w
Distância borda oeste e meridiano de Greenwich
m
$x_e$
x_e
Distância da borda leste e meridiano de Greenwich
m
$y_n$
y_n
Distância equador borda norte
m
$y_s$
y_s
Distância equador borda sul
m
$\beta$
beta
Fator Beta Coriolis
rad/s m
$f$
f
Fator de Coriolis
rad/s
$f_0$
f_0
Fator de Coriolis de referência
rad/s
$T_w$
T_w
Fluxo de perda
m^3/s
$U_x$
U_x
Fluxo médio de ressurgência por latitude
m^3/s
$T_i$
T_i
Fluxo principal
m^3/s
$S_0$
S_0
Ingresso
m^3/s
$\Delta x$
Dx
Largura da caixa do modelo Stommel e Arons
m
$\varphi$
phi
Latitude
rad
$\Delta t_y$
Dt_y
Movimento característico do intervalo de tempo em $y$
s
$\Delta t_z$
Dt_z
Movimento característico do intervalo de tempo em $z$
s
$x$
x
Posição de longitude
m
$y$
y
Posição em latitude
m
$R$
R
Raio do planeta
m
$\omega$
omega
Velocidade angular do planeta
rad/s
$v_z$
v_z
Velocidade de ressurgência
m/s
$v_y$
v_y
Velocidade no meridiano
m/s
$v_x$
v_x
Velocidade paralela
m/s

Cálculos


Primeiro, selecione a equação:   para ,  depois, selecione a variável:   para 

Símbolo
Equação
Resolvido
Traduzido

Cálculos

Símbolo
Equação
Resolvido
Traduzido

 Variáve   Dado   Calcular   Objetivo :   Equação   A ser usado



Equações

Como la aceleração de Coriolis na direção x ($a_{c,x}$) composto por la velocidade angular do planeta ($\omega$), la latitude ($\varphi$), la y velocidade do objeto ($v_y$) e la z velocidade do objeto ($v_z$):

equation=11694

e a defini o de o fator de Coriolis ($f$) :

equation=11697

al m da restri o de movimento na superf cie, onde:

$v_z = 0$



resulta que la aceleração de Coriolis na direção x ($a_{c,x}$) :

equation

Como la aceleração de Coriolis na direção y ($a_{c,y}$) composto por la velocidade angular do planeta ($\omega$), la x velocidade do objeto ($v_x$) e la latitude ($\varphi$):

equation=11695

e a defini o de o fator de Coriolis ($f$) :

equation=11697

al m da restri o de um movimento na superf cie onde:

$v_z = 0$



isso leva a que la aceleração de Coriolis na direção y ($a_{c,y}$) seja:

equation

Se assumirmos tempos caracter sticos para cada dimens o, podemos estimar as acelera es de Coriolis como velocidades divididas pelos seus tempos caracter sticos, ou seja:

$v_i =a_i \Delta t_i$



onde i=x,y,z. Com a componente z, temos de acordo com list=12104 que:

equation=12104

Isso nos leva a:

$v_z=\beta R v_x\Delta t_z$



Por outro lado, com a equa o para a componente x da acelera o de Coriolis, que dada por list=11699, temos que, se n o considerarmos o sinal:

$v_x=\displaystyle\frac{v_y}{f\Delta t_y}$



Substituindo v_x nesta equa o anterior, temos com list que:

equation

Quando h movimento na dire o x (leste-oeste), ocorre la aceleração de Coriolis na direção z ($a_{c,z}$) com la x velocidade do objeto ($v_x$), la velocidade angular do planeta ($\omega$) e la latitude ($\varphi$):

equation=11696

Isso complementado por la aceleração de Coriolis na superfície, na direção x ($a_{c,x}$) (leste-oeste), com o fator de Coriolis ($f$) e la y velocidade do objeto ($v_y$):

equation=11698

e la aceleração de Coriolis na superfície, na direção y ($a_{c,y}$) (norte-sul) com o fator de Coriolis ($f$) e la x velocidade do objeto ($v_x$), que definido como:

equation=11699

Onde o fator de Coriolis ($f$) definido como:

equation=11697

Portanto, podemos introduzir o fator Beta Coriolis ($\beta$), definido como:

equation=12105

Com isso, obtemos:

equation

Em analogia a o fator de Coriolis ($f$) definido com la latitude ($\varphi$) e la velocidade angular do planeta ($\omega$) como:

equation=11697

o fator varia no arco $R\theta$, com o raio do planeta ($R$) e la latitude ($\varphi$) como a latitude, de acordo com:

$\displaystyle\frac{\partial f}{\partial (R\varphi) }=\displaystyle\frac{ 2\omega\cos\varphi }{R}$



portanto, o fator Beta Coriolis ($\beta$) pode ser definido como:

equation


Exemplos


mechanisms

A circula o mais profunda conhecida como circula o termohalina (Termohaline Circulation - THC), pois o seu movimento est associado a varia es de temperatura (termo) e salinidade (halina). Para compreender como isso ocorre, necess rio descrever primeiro a estrutura do sistema.

De forma simplificada, o oceano pode ser modelado como um sistema de tr s camadas:

- Uma camada superior em que o movimento da gua gerado pelas correntes de ar sobre ela.
- Uma camada intermedi ria cujo movimento gerado por diferen as de densidade nos oceanos, originadas por diferen as de temperatura e salinidade (termohalina).
- Uma camada profunda que pode ser considerada em repouso.

O aumento da densidade em dire o aos polos, onde a gua mais fria, faz com que a gua literalmente afunde, criando uma subduc o abaixo da camada superficial. O diagrama a seguir resume o que foi descrito:

image

Se observarmos o globo terrestre, a circula o termohalina gerada perto de um dos polos (norte ou sul) por meio da gua que, devido a uma maior salinidade e menor temperatura, come a a afundar. Seu fluxo direcionado em dire o ao equador, havendo um afloramento que faz com que parte da gua suba e flua em dire o ao polo para suprir a gua que est descendo.

image

[1] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanI. Stationary planetary flow patterns on a sphere. (Sobre a circula o abissal do oceano mundial - I. Padr es estacion rios de fluxo planet rio em uma esfera.) Deep Sea Research (1953), 6(2), 140-154.

[2] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanII. An idealized model of the circulation pattern and amplitude in oceanic basins. (Sobre a circula o abissal do oceano mundial - II. Um modelo idealizado do padr o e amplitude da circula o em bacias oce nicas.) Deep Sea Research (1953), 6(3), 217-233.

O modelo de Stommel e Arons [1], [2] considera o oceano como uma caixa bidimensional com coordenadas nos eixos x e y. Especificamente:

- Coordenadas no eixo x: $x_w$ (oeste) e $x_e$ (leste).
- Coordenadas no eixo y: $y_s$ (sul) e $y_n$ (norte).

Essas coordenadas s o representadas no seguinte gr fico:

image

[1] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanI. Stationary planetary flow patterns on a sphere. (Sobre a circula o abissal do oceano mundial - I. Padr es estacion rios de fluxo planet rio em uma esfera.) Deep Sea Research (1953), 6(2), 140-154.

[2] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanII. An idealized model of the circulation pattern and amplitude in oceanic basins. (Sobre a circula o abissal do oceano mundial - II. Um modelo idealizado do padr o e amplitude da circula o em bacias oce nicas.) Deep Sea Research (1953), 6(3), 217-233.

Cada etapa est associada a um tempo caracter stico:

Tempo de viagem com o fluxo principal $\Delta t_y$
Tempo de desvio com o fluxo de perda $\Delta t_x$
Tempo de surg ncia $\Delta t_z$

image

Cada tempo caracter stico est associado s velocidades e acelera es ao longo do caminho percorrido:

- Com o fluxo principal $v_y, a_y$.
- Com o fluxo de perda $v_x, a_x$.
- Com a surg ncia $v_z, a_z$.

Em geral, a velocidade inicial ($v_y$) desencadeia, atrav s da for a de Coriolis, as acelera es que levam perda e surg ncia.

image

O fluxo de perda n o uniforme e distribui-se ao longo da latitude, sendo modelado em fun o da sua dist ncia em rela o posi o mais ao norte. Assim, ele nulo em latitudes do norte e m ximo na borda sul do ret ngulo onde a circula o modelada:

image

Uma vez que o fluxo de perda n o uniforme, a surg ncia tamb m n o ser . Dentro do mesmo modelo, assume-se que a surg ncia m xima na borda leste do ret ngulo onde a circula o modelada. De forma an loga perda, assume-se uma rela o linear:

image

No modelo do fluxo profundo, existem quatro fluxos a serem considerados:

O fluxo principal $F_w$, que se move ao longo do fundo do mar.
O fluxo de perda $F_i$, que a fra o desviada devido for a de Coriolis.
O fluxo de surg ncia $U_x$, que corresponde fra o do fluxo de perda que atinge a superf cie.
O fluxo de afundamento $S_0$, proveniente das correntes superficiais, incluindo as perdas que voltam a afundar.

image

A chamada For a de Coriolis desempenha um papel essencial na din mica da gua nos polos, influenciando como as massas de gua descem devido s varia es de temperatura e salinidade.

image



Ao analisar o Oceano Atl ntico, pode-se observar um movimento da gua do polo em dire o ao equador, que se desvia para oeste. Esse fen meno causado pelo atraso em rela o rota o do planeta, ao passar de uma zona de menor velocidade ao longo da latitude para uma de maior velocidade. Esse comportamento pode ser modelado pela equa o de Coriolis para a dire o x, que com list=11698

equation=11698



Nessa equa o, o fator de Coriolis f positivo no hemisf rio norte e negativo no sul, gerando uma tend ncia para a corrente se "aproximar" do continente americano.

O contorno geogr fico do continente permite um movimento na dire o x (longitude), resultando em uma acelera o na dire o y (latitude), que pode ser calculada com list=11699

equation=11699



Esse c lculo revela que, pr ximo ao equador, ocorrem deslocamentos que afastam a gua da corrente principal, movendo-a para o norte. Se analisarmos a acelera o na dire o z (profundidade) e considerarmos que o \beta tamb m muda de sinal com a hemisferio, o resultado positivo. Em outras palavras, observa-se uma ascens o que pode ser estimada com list=12104 por meio de

equation=12104.

No final, Stommel e Arons [1], [2] resolvem o modelo, indicando os principais fluxos profundos que existem em todo o globo:

image

[1] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanI. Stationary planetary flow patterns on a sphere. (Sobre a circula o abissal do oceano mundial - I. Padr es estacion rios de fluxo planet rio em uma esfera.) Deep Sea Research (1953), 6(2), 140-154.

[2] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanII. An idealized model of the circulation pattern and amplitude in oceanic basins. (Sobre a circula o abissal do oceano mundial - II. Um modelo idealizado do padr o e amplitude da circula o em bacias oce nicas.) Deep Sea Research (1953), 6(3), 217-233.

Quando Stommel e Arons [1], [2] desenvolveram seu primeiro modelo de circula o termohalina, eles subdividiram os diferentes oceanos em zonas com surg ncia definida (setas apontando para cima) e duas fontes, uma no rtico e outra na Ant rtica:

image

[1] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanI. Stationary planetary flow patterns on a sphere. (Sobre a circula o abissal do oceano mundial - I. Padr es estacion rios de fluxo planet rio em uma esfera.) Deep Sea Research (1953), 6(2), 140-154.

[2] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanII. An idealized model of the circulation pattern and amplitude in oceanic basins. (Sobre a circula o abissal do oceano mundial - II. Um modelo idealizado do padr o e amplitude da circula o em bacias oce nicas.) Deep Sea Research (1953), 6(3), 217-233.

Medi es t m mostrado que a circula o termohalina um sistema integrado que abrange todo o globo. Existem pelo menos dois pontos que podem ser considerados como fontes, e seu percurso penetra todos os oceanos.

image

Atrav s de m ltiplas simula es, s o estudados os efeitos do derretimento do gelo polar na supress o dos afundamentos e seu impacto na circula o profunda. Existem indica es de que a circula o come ou a diminuir, no entanto, o colapso da circula o profunda n o significa necessariamente que o mesmo ocorrer com a circula o superficial, que impulsionada pelos ventos. O que pode ocorrer um deslocamento na circula o superficial, resultando em uma redu o na contribui o da Corrente do Golfo de guas quentes para o norte da Europa.

A seguir, apresentado um diagrama das varia es dos fluxos em unidades de Sv (Sverdrup), equivalente a $10^6,m^3/s$:

image

Assumindo uma taxa de afundamento de aproximadamente 20 Sv, conclui-se que em algumas simula es a circula o profunda interrompida. Essas varia es est o associadas a diferentes cen rios futuros de atividade humana e considera es para aspectos em que h menos certeza sobre sua ocorr ncia. Mais detalhes podem ser encontrados nos relat rios do Painel Intergovernamental sobre Mudan as Clim ticas (IPCC).


model

Ao modelar o Atl ntico Norte como uma caixa com um sistema de coordenadas pr ximo ao equador e na regi o do Caribe, a largura da caixa calculada subtraindo-se a posi o oeste da posi o leste:

kyon

Ao modelar o Atl ntico Norte como uma caixa com um sistema de coordenadas pr ximo ao equador e na regi o do Caribe, a altura da caixa obtida subtraindo a posi o sul da posi o norte:

kyon

Analogamente ao fator de Coriolis, podemos estudar como o fator varia ao longo do arco, o que nos leva a obter o fator Beta Coriolis ($\beta$) dado por la latitude ($\varphi$), o raio do planeta ($R$) e la velocidade angular do planeta ($\omega$) por:

kyon

Com base na rela o entre a acelera o de Coriolis e as velocidades em cada eixo, podemos estimar a acelera o da ressurg ncia que ocorrer na circula o. Utilizando a parametriza o que depende do tamanho do setor e da latitude da localiza o, obtemos la aceleração de Coriolis na direção z ($a_{c,z}$) em fun o de o fator Beta Coriolis ($\beta$), o raio do planeta ($R$) e la velocidade paralela ($v_x$):

kyon

Como la aceleração de Coriolis na direção x ($a_{c,x}$) pode ser reescrito com o fator de Coriolis ($f$) e a condi o de que n o h movimento vertical:

$v_z = 0$



ent o resulta que la aceleração de Coriolis na superfície, na direção x ($a_{c,x}$) :

kyon

Como la aceleração de Coriolis na direção x ($a_{c,x}$) pode ser reescrito com o fator de Coriolis ($f$) e sob a condi o de que n o haja movimento vertical:

$v_z = 0$



Assim, deduz-se que la aceleração de Coriolis na superfície, na direção y ($a_{c,y}$) :

kyon

O movimento ao longo de uma latitude, devido rota o da Terra, gera uma acelera o de Coriolis la aceleração de Coriolis na superfície, na direção y ($a_{c,y}$), que em o movimento característico do intervalo de tempo em $y$ ($\Delta t_y$) resulta em la velocidade no meridiano ($v_y$) conforme:

kyon

A velocidade de ressurg ncia la velocidade de ressurgência ($v_z$) determinada por la aceleração de Coriolis na direção z ($a_{c,z}$) em fun o de o movimento característico do intervalo de tempo em $z$ ($\Delta t_z$):

kyon

Para simplificar as equa es, trabalhamos com um fator de Coriolis ($f$), que uma constante para o local f sico, pois inclui la velocidade angular do planeta ($\omega$) para a Terra e la latitude ($\varphi$) para o local:

kyon

No hemisf rio sul, a latitude negativa e, com ela, 8600, o que explica por que os sistemas giram na dire o oposta ao hemisf rio norte.

A circula o do fluxo faz com que la velocidade paralela ($v_x$) tenda a ter uma magnitude semelhante a la velocidade no meridiano ($v_y$) em um giro negativo:

kyon

A continuidade do fluxo nos permite determinar como as velocidades est o relacionadas em cada fase. Dessa forma, podemos estimar la velocidade de ressurgência ($v_z$) com base em o fator Beta Coriolis ($\beta$), o fator de Coriolis ($f$), o movimento característico do intervalo de tempo em $y$ ($\Delta t_y$), o movimento característico do intervalo de tempo em $z$ ($\Delta t_z$), o raio do planeta ($R$) e la velocidade no meridiano ($v_y$):

kyon

Como a velocidade de surg ncia determinada por list=12089,

equation=12089



e a rela o entre os tempos deve cumprir com list=12123, onde a velocidade

equation=12123



a velocidade no fundo dada por list como

kyon.

A surg ncia depende da velocidade em dire o superf cie e da posi o na caixa. Uma vez que maior em dire o ao equador e relativamente uniforme ao longo da largura, ela modelada de forma a variar apenas com a dist ncia em rela o borda norte da caixa:

$y_n - y$



Portanto, com list, temos o fluxo de surg ncia:

kyon

A velocidade de surg ncia determinada usando o valor list=12085.

O fluxo dentro da caixa pode ser modelado usando a equa o

equation=12085.

Especificamente, observa-se que a velocidade de surg ncia maior em dire o borda oeste, o que pode ser representado por

kyon



con list.

A presen a do fator 2 no modelo considera a m dia levando em conta o gradiente existente.

O tempo na dire o y est associado ao movimento ao longo de um meridiano e, portanto, ao per metro/radia da Terra. O tempo na dire o z est relacionado profundidade da camada de gua. Devido conserva o de massa ( gua), as velocidades devem ser semelhantes, de modo que a quantidade de gua que sofre a surg ncia seja igual quantidade de gua que est sendo reposta ao ser removida da corrente profunda. Portanto, deve-se ter que com list:

kyon

A conserva o do fluxo implica que o fluxo que se move ao longo da costa leste da Am rica, representado por $T_w$, e as componentes que sofrem afloramento, representadas por $U_x$, s o inicialmente gerados pelo volume que afunda, indicado como $S_0$, al m daqueles provenientes da circula o por meio do afloramento. Portanto, podemos expressar da seguinte forma:

kyon

Neste caso, existem dois tipos de fluxos: o fluxo superficial e o fluxo em dire o ou a partir da profundidade. Por conserva o, podemos assumir que o fluxo total que flui em dire o s profundidades no ponto S_0 deve corresponder ao fluxo total gerado pela surg ncia. Esta ltima ocorre em toda a superf cie e com velocidade vertical, portanto:

kyon

Se a velocidade for multiplicada por list=12090:

equation=12090

com a altura H e a largura \Delta x, obtemos o fluxo:

$T_i \sim v_y H \Delta x$



Portanto, com list, o fluxo :

kyon

Considerando a equa o de balan o, com list=12087:

equation=12087



a contribui o da fonte com list=12088, que :

equation=12088



o fluxo de fundo list=12091:

equation=12091



e a surg ncia, com list=12085:

equation=12085



Assumindo que a zona chega ao equador (y_s\sim 0 e, portanto, \Delta y = y_n-y_s\sim y_n), temos que, com list:

kyon

Como o fator de Coriolis dado por list=11697:

equation=11697

ele pode ser relacionado ao fator beta com base em sua varia o ao redor de uma posi o. Isso ocorre porque, na expans o de Taylor, obtemos:

$f \sim f_0 + \frac{df}{dy}y$



onde a derivada :

$\frac{df}{dy} = 2\omega\cos\theta = \beta$



Assim, utilizando list, temos:

kyon

Com list=12092, a equa o

equation=12092

pode ser reescrita como

equation=12093



utilizando list=12093,

kyon


>Modelo

ID:(1623, 0)



Mecanismos

Definição


ID:(15584, 0)



Circulação termohalina

Imagem

A circulação mais profunda é conhecida como circulação termohalina (Termohaline Circulation - THC), pois o seu movimento está associado a variações de temperatura (termo) e salinidade (halina). Para compreender como isso ocorre, é necessário descrever primeiro a estrutura do sistema.

De forma simplificada, o oceano pode ser modelado como um sistema de três camadas:

- Uma camada superior em que o movimento da água é gerado pelas correntes de ar sobre ela.
- Uma camada intermediária cujo movimento é gerado por diferenças de densidade nos oceanos, originadas por diferenças de temperatura e salinidade (termohalina).
- Uma camada profunda que pode ser considerada em repouso.

O aumento da densidade em direção aos polos, onde a água é mais fria, faz com que a água literalmente afunde, criando uma subducção abaixo da camada superficial. O diagrama a seguir resume o que foi descrito:

ID:(12095, 0)



Circulação termohalina sobre o planeta

Nota

Se observarmos o globo terrestre, a circulação termohalina é gerada perto de um dos polos (norte ou sul) por meio da água que, devido a uma maior salinidade e menor temperatura, começa a afundar. Seu fluxo é direcionado em direção ao equador, havendo um afloramento que faz com que parte da água suba e flua em direção ao polo para suprir a água que está descendo.

Representação do Atlântico Norte no modelo Stommel e Arons [1], [2]

[1] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanI. Stationary planetary flow patterns on a sphere. (Sobre a circulação abissal do oceano mundial - I. Padrões estacionários de fluxo planetário em uma esfera.) Deep Sea Research (1953), 6(2), 140-154.

[2] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanII. An idealized model of the circulation pattern and amplitude in oceanic basins. (Sobre a circulação abissal do oceano mundial - II. Um modelo idealizado do padrão e amplitude da circulação em bacias oceânicas.) Deep Sea Research (1953), 6(3), 217-233.

ID:(12096, 0)



Modelo de caixa

Citar

O modelo de Stommel e Arons [1], [2] considera o oceano como uma caixa bidimensional com coordenadas nos eixos x e y. Especificamente:

- Coordenadas no eixo x: $x_w$ (oeste) e $x_e$ (leste).
- Coordenadas no eixo y: $y_s$ (sul) e $y_n$ (norte).

Essas coordenadas são representadas no seguinte gráfico:

Modèle de boîte Atlantic [1], [2].

[1] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanI. Stationary planetary flow patterns on a sphere. (Sobre a circulação abissal do oceano mundial - I. Padrões estacionários de fluxo planetário em uma esfera.) Deep Sea Research (1953), 6(2), 140-154.

[2] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanII. An idealized model of the circulation pattern and amplitude in oceanic basins. (Sobre a circulação abissal do oceano mundial - II. Um modelo idealizado do padrão e amplitude da circulação em bacias oceânicas.) Deep Sea Research (1953), 6(3), 217-233.

ID:(12082, 0)



Tempos característicos

Exercício

Cada etapa está associada a um tempo característico:

Tempo de viagem com o fluxo principal $\Delta t_y$
Tempo de desvio com o fluxo de perda $\Delta t_x$
Tempo de surgência $\Delta t_z$

ID:(13426, 0)



Velocidades e acelerações por fluxo

Equação

Cada tempo característico está associado às velocidades e acelerações ao longo do caminho percorrido:

- Com o fluxo principal $v_y, a_y$.
- Com o fluxo de perda $v_x, a_x$.
- Com a surgência $v_z, a_z$.

Em geral, a velocidade inicial ($v_y$) desencadeia, através da força de Coriolis, as acelerações que levam à perda e à surgência.

ID:(13427, 0)



Geometria de Fluxo Perdido

Script

O fluxo de perda não é uniforme e distribui-se ao longo da latitude, sendo modelado em função da sua distância em relação à posição mais ao norte. Assim, ele é nulo em latitudes do norte e máximo na borda sul do retângulo onde a circulação é modelada:

ID:(13428, 0)



Geometria de fluxo ascendente

Variable

Uma vez que o fluxo de perda não é uniforme, a surgência também não será. Dentro do mesmo modelo, assume-se que a surgência é máxima na borda leste do retângulo onde a circulação é modelada. De forma análoga à perda, assume-se uma relação linear:

ID:(13429, 0)



Principais fluxos de correntes profundas

Audio

No modelo do fluxo profundo, existem quatro fluxos a serem considerados:

O fluxo principal $F_w$, que se move ao longo do fundo do mar.
O fluxo de perda $F_i$, que é a fração desviada devido à força de Coriolis.
O fluxo de surgência $U_x$, que corresponde à fração do fluxo de perda que atinge a superfície.
O fluxo de afundamento $S_0$, proveniente das correntes superficiais, incluindo as perdas que voltam a afundar.

ID:(13425, 0)



Correntes subaquáticas e Coriolis

Video

A chamada Força de Coriolis desempenha um papel essencial na dinâmica da água nos polos, influenciando como as massas de água descem devido às variações de temperatura e salinidade.



Ao analisar o Oceano Atlântico, pode-se observar um movimento da água do polo em direção ao equador, que se desvia para oeste. Esse fenômeno é causado pelo atraso em relação à rotação do planeta, ao passar de uma zona de menor velocidade ao longo da latitude para uma de maior velocidade. Esse comportamento pode ser modelado pela equação de Coriolis para a direção x, que com é



Nessa equação, o fator de Coriolis f é positivo no hemisfério norte e negativo no sul, gerando uma tendência para a corrente se "aproximar" do continente americano.

O contorno geográfico do continente permite um movimento na direção x (longitude), resultando em uma aceleração na direção y (latitude), que pode ser calculada com



Esse cálculo revela que, próximo ao equador, ocorrem deslocamentos que afastam a água da corrente principal, movendo-a para o norte. Se analisarmos a aceleração na direção z (profundidade) e considerarmos que o \beta também muda de sinal com a hemisferio, o resultado é positivo. Em outras palavras, observa-se uma ascensão que pode ser estimada com por meio de

.

ID:(12122, 0)



Fluxos de profundidade de Stommel-Arons

Unidade

No final, Stommel e Arons [1], [2] resolvem o modelo, indicando os principais fluxos profundos que existem em todo o globo:

[1] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanI. Stationary planetary flow patterns on a sphere. (Sobre a circulação abissal do oceano mundial - I. Padrões estacionários de fluxo planetário em uma esfera.) Deep Sea Research (1953), 6(2), 140-154.

[2] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanII. An idealized model of the circulation pattern and amplitude in oceanic basins. (Sobre a circulação abissal do oceano mundial - II. Um modelo idealizado do padrão e amplitude da circulação em bacias oceânicas.) Deep Sea Research (1953), 6(3), 217-233.

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Estrutura do modelo Stommel-Arons

Code

Quando Stommel e Arons [1], [2] desenvolveram seu primeiro modelo de circulação termohalina, eles subdividiram os diferentes oceanos em zonas com surgência definida (setas apontando para cima) e duas fontes, uma no Ártico e outra na Antártica:

Modelo de circulação global em Sv (Sverdrup) ($10^6 m^3/s$) [2].

[1] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanI. Stationary planetary flow patterns on a sphere. (Sobre a circulação abissal do oceano mundial - I. Padrões estacionários de fluxo planetário em uma esfera.) Deep Sea Research (1953), 6(2), 140-154.

[2] Stommel, H., & Arons, A. B. (1960). On the abyssal circulation of the world oceanII. An idealized model of the circulation pattern and amplitude in oceanic basins. (Sobre a circulação abissal do oceano mundial - II. Um modelo idealizado do padrão e amplitude da circulação em bacias oceânicas.) Deep Sea Research (1953), 6(3), 217-233.

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Verdadeira circulação termohalina

Fluxo

Medições têm mostrado que a circulação termohalina é um sistema integrado que abrange todo o globo. Existem pelo menos dois pontos que podem ser considerados como fontes, e seu percurso penetra todos os oceanos.

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Estudo do possível colapso do fluxo profundo

Matriz

Através de múltiplas simulações, são estudados os efeitos do derretimento do gelo polar na supressão dos afundamentos e seu impacto na circulação profunda. Existem indicações de que a circulação começou a diminuir, no entanto, o colapso da circulação profunda não significa necessariamente que o mesmo ocorrerá com a circulação superficial, que é impulsionada pelos ventos. O que pode ocorrer é um deslocamento na circulação superficial, resultando em uma redução na contribuição da Corrente do Golfo de águas quentes para o norte da Europa.

A seguir, é apresentado um diagrama das variações dos fluxos em unidades de Sv (Sverdrup), equivalente a $10^6,m^3/s$:

Assumindo uma taxa de afundamento de aproximadamente 20 Sv, conclui-se que em algumas simulações a circulação profunda é interrompida. Essas variações estão associadas a diferentes cenários futuros de atividade humana e considerações para aspectos em que há menos certeza sobre sua ocorrência. Mais detalhes podem ser encontrados nos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

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Modelo

Html


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