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O que é um modelo fundamental?

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ID:(2128, 0)



Hipóteses específicas

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Os modelos fundamentais baseiam-se em hipóteses específicas que permitem o desenvolvimento de modelos ancorados em mecanismos bem compreendidos. Esses modelos dependem de variáveis, constantes e equações já estabelecidas, que normalmente exigem apenas ajustes mínimos de parâmetros. Essa característica simplifica o processo de modelagem e facilita os procedimentos de validação, garantindo que a hipótese explique corretamente os mecanismos envolvidos.

Essa abordagem ajuda a criar modelos robustos e precisos que refletem o comportamento do sistema estudado, sustentados por uma base teórica sólida. Isso aprimora a capacidade de previsão e assegura a consistência com as observações empíricas.

ID:(15937, 0)



Exemplo de uma hipótese específica

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Para ilustrar como uma hipótese pode estruturar um modelo e derivar equações que descrevem com precisão o comportamento de um sistema, vamos considerar o caso de um gás ideal. Sob este enfoque, formulamos as seguintes hipóteses fundamentais:

• O gás é composto por átomos ou moléculas que não interagem entre si.

Se o gás está contido em um volume $V$, podemos fazer as seguintes suposições adicionais:

• As partículas estão distribuídas uniformemente por todo o volume, sem áreas de maior ou menor densidade.

• O movimento das partículas é isotrópico, ou seja, é igualmente provável em todas as direções.

ID:(15938, 0)



Desenvolvimento do modelo do exemplo

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A hipótese estabelece que o gás ideal:

• É composto por partículas.
• Possui uma distribuição uniforme.
• Move-se isotropicamente.
• Gera pressão através das colisões das partículas com as paredes.

Com base nesta última hipótese, junto com as anteriores, conclui-se que a pressão $p$ é proporcional ao número de colisões, que por sua vez é proporcional à concentração $c$:

$p \propto c$



Como a concentração é inversamente proporcional ao volume $V$:

$c \propto \displaystyle\frac{1}{V}$



Se o volume for duplicado, a concentração é reduzida à metade, assim como a pressão. Em outras palavras, a pressão é inversamente proporcional ao volume:

$p \propto \displaystyle\frac{1}{V}$



Isso corresponde à lei de Boyle:

$pV=constante$

Dessa forma, a lei de Boyle é estabelecida diretamente a partir das hipóteses, sem a necessidade de assumir mecanismos mais complexos.

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Um modelo mais sofisticado

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Se a massa de uma partícula é $m$ e ela se move com uma velocidade média $v$ em uma certa direção, o momento que ela transmitirá à parede em uma colisão elástica é $2mv$.

Como a velocidade é $v$, a distância percorrida em um intervalo de tempo $\Delta t$ é $v\Delta t$. Portanto, em um volume definido por uma aresta de comprimento $v\Delta t$ e uma área $S$, há um total de $c v\Delta t S$ partículas, onde $c$ é a concentração. Dessas partículas, um sexto colidirá com a superfície $S$ durante o tempo $\Delta t$.

Assim, o momento total transferido para a superfície $\Delta p$ no tempo $\Delta t$ é:

$2mv \displaystyle\frac{1}{6} c v \Delta t S$



Como a força é a variação do momento por unidade de tempo, temos:

$F=\displaystyle\frac{\Delta p}{\Delta t}=2mv \displaystyle\frac{1}{6} c v S$



e a pressão resultante é:

$pV = \displaystyle\frac{1}{3} N m v^2=constante$



Dado que a concentração $c$ é igual ao número de partículas $N$ dividido pelo volume $V$, a equação se torna a lei de Boyle:

$pV = \displaystyle\frac{1}{3} N m v^2=constante$

Este modelo mais detalhado nos permite derivar a lei de Boyle considerando o movimento das partículas e suas colisões elásticas com as paredes.

ID:(15940, 0)